O mundo das letras amanheceu mais triste neste domingo (27) com o falecimento do escritor Moacyr Scliar, aos 73 anos, que estava internado desde janeiro, vítima de um AVC. Nascido em Porto Alegre (RS), Moacyr era médico e publicou seu primeiro livro em 1971, que precedeu mais de 70 livros, entre romances, crônicas, contos, literatura infantil e ensaios.
Acompanhava seu trabalho pelo jornal Folha de S. Paulo, com suas deliciosas crônicas publicadas às segundas-feiras no caderno Cotidiano. Tive a oportunidade de assistir a uma palestra com o escritor em 2001, quando morei em Bauru. Estava no 1º ano da universidade, quando ele e outros ilustres escritores e jornalistas participaram de uma Feira literária realizada na cidade.
Passei a admirar ainda mais o autor, em razão de sua simpatia e os saborosos relatos de suas experiências pessoais e profissionais. Entre as curiosidades, descobri que sua coluna na Folha surgiu diante de um convite feito ao jornal a ele e mais três autores, de que criassem textos ficcionais semanais a partir de títulos e frases publicadas em notícias reais. Alguns meses depois, os demais escritores abandonaram o projeto e ele permaneceu sozinho, cumprindo a tarefa com perfeição por quase 20 anos.
Indico uma bela homenagem feita a ele pelo jornal Zero Hora, da sua Porto Alegre. Felizmente, sua obra permanecerá aqui cumprindo sua missão, que li de uma citação no Twitter e reproduzirei: ser um médico que nos cura com palavras!
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