Foto: Diego Padgurschi/Folhapress |
Reafirmando o que falei ontem, não me arriscarei a analisar o resultado do Carnaval de São Paulo sob pretensos critérios técnicos, pois não tenho a menor base para isso. Agora, sob o olhar de torcedor e amante do espetáculo, considero o título em ótimas mãos.
Apontada desde antes do desfile como uma das favoritas, a Vai-Vai passou com competência pela Passarela do Samba e emocionou o Sambódromo com o enredo “A Música Venceu”, em homenagem ao maestro João Carlos Martins. Admito que, em minha visão de leigo, esperava mais brilho e luxo. Entretanto, inegável a qualidade das alegorias e fantasias e a garra demonstrada pelos integrantes da escola.
Foto: Diego Padgurschi/Folhapress |
Para mim, será inesquecível ter visto a emoção do músico “regendo” a bateria da escola, que contagiou todo o Anhembi. Só mesmo comparável ao vigor que ele comanda sua orquestra, que já pude assistir ao vivo em três oportunidades
O título apenas coroa à justíssima homenagem à trajetória de vida de João Carlos Martins. Isto sem falar no samba-enredo, um dos melhores do Carnaval 2011 e que, a exemplo de outros sambas históricos, será muito lembrado ao longo dos anos.
A respeito das demais escolas que retornam ao Desfile das Campeãs, vi com grata surpresa o vice-campeonato da Acadêmicos do Tucuruvi. Uma escola que dificilmente vemos na ponta e costuma brigar por posições intermediárias, mas que animou muito o Sambódromo homenageando a inestimável contribuição dos nordestinos para o crescimento de São Paulo.
E foi também com muita surpresa que vi 3ª colocação da Vila Maria. Com todo respeito à comunidade da escola, mas desânimo que tomou conta do Sambódromo enquanto, só vem me provar que o olhar dos jurados é muito diferente daquele dos espectadores, em que a técnica deve prevalecer sobre a emoção.
Agora, o 4º lugar da Mancha Verde e a 5ª colocação da Gaviões da Fiel foram justas ao bom trabalho feito pelas escolas, inclusive, à frente das tradicionais Rosas de Ouro e Mocidade Alegre. Aliás, o desfile da Mocidade foi um dos que mais me empolgaram. Pena que a perda de um carro alegórico tenha prejudicado a escola.
Apesar dos muitos comentários errôneos que li na internet, que insistem em ver o Carnaval sob a ótica do futebol, espero que os resultados venham mudar esta situação. Pois, é verdade, se muitos torcedores erram ao comparar futebol e carnaval, é fato que as duas escolas ainda são vistas com preconceito no meio carnavalesco.
Viviane Araújo, rainha de bateria não só da Mancha, mas entre todas as rainhas! Foto: Zanone Fraissat/Folhapress |
Apesar dos muitos comentários errôneos que li na internet, que insistem em ver o Carnaval sob a ótica do futebol, espero que os resultados venham mudar esta situação. Pois, é verdade, se muitos torcedores erram ao comparar futebol e carnaval, é fato que as duas escolas ainda são vistas com preconceito no meio carnavalesco.
Com certeza, torci para a Gaviões ganhar, mas sabia que o título era difícil. Achei justo a escola ter chegado entre as cinco primeiras e poder voltar à Passarela do Samba no Desfile das Campeãs. Além do mais, a emoção que a escola me transmitiu é impagável, independentemente da classificação final: obrigado Fiel!
Abaixo, vai o samba da Gaviões, considerado por mim um dos melhores de 2011 e que transformou o Anhembi em uma imensa Dubai Alvinegra, com show do grande intérprete Ernesto Teixeira, da Bateria Ritimão e da poderosíssima rainha Tatiane Minerato.
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