O fim desta semana marcou o retorno de dois grandes jogadores ao futebol brasileiro. Ironicamente, ambos foram apontados como possíveis reforços do Corinthians, sendo que nenhuma das contratações se concretizou. E apesar de vestirem camisas de rivais paulistas, o retorno de Paulo Henrique Ganso ao Santos, sete meses após cirurgia, e de Luís Fabiano ao São Paulo são grandes notícias para quem gosta de futebol.
Ganso é um verdadeiro gênio e há muito tempo é uma realidade do futebol brasileiro, fazendo parecer que deixou de ser um menino promessa há muitos anos. E felizmente, ao contrário de Neymar, parece ser um garoto maduro e focado em cumprir a missão que o destino lhe confiou desde o dia em que nasceu: consagrar seu nome entre os grandes deuses do futebol, ao lado de Pelé, Garrincha, Maradonna, Cruyff, Zidane, Beckenbauer, Ronaldo, Messi...
Se alguém ainda duvidava de que Ganso já está completamente formado, foi seu retorno triunfal contra o Botofogo-SP: parecia que ele estava há sete dias sem jogar ao invés de sete meses, em que encarou intensa recuperação, após uma grande cirurgia.
Até mesmo pela escassez de meias de qualidade - os chamados maestros, que chamam para si a responsabilidade de conduzir seus times para o ataque e ditar o ritmo dos jogos - , parece certo que a camisa 10 da Seleção Brasileira lhe espera, após meses de angústia, em que está sendo usada por Renato Augusto e Jadson. Ainda bem!
E se a camisa 10 da Seleção já tem dono, a 9 continua vaga desde a Copa do Mundo de 2006, quando Ronaldo deixou de usá-la após 12 anos. E Luís Fabiano, que a tomou emprestada em na Copa 2010, é um grande candidato a assumi-la: basta continuar a fazer no São Paulo os gols que vinha fazendo no Sevilha.
Após Dunga testar vários nomes durante as Eliminatórias (incluindo os inacreditáveis Afonso, Jô e Bobô!), o Fabuloso parecia ter conquistado à vaga em definitivo, tanto que foi ao Mundial. Entretanto, seu desempenho na África do Sul ficou abaixo do esperado, embora acredito que o jogador tenha qualidade técnica e faro de gols suficientes para recuperá-la.
Até o momento, Mano Menezes não achou um centroavante para o Brasil, a ponto de convocar reiteradamente André (ex-Santos e atualmente no Bordeaux), que considero bastante limitado. Pato para mim não é este jogador, pois, no máximo, pode jogar com um autêntico 9 ao seu lado. Nilmar, pelo que tem jogado há anos, merece mais espaço, assim como defendo mais oportunidades para Hulk.
Outra curiosidade é que, com o fato de que centroavantes são cada vez mais raros no futebol, considerando o fato de Adriano esta jogando seu a vida no lixo, é irônico que os quatro grandes de São Paulo contem com verdadeiros homens-gols, com Liedson no Corinthians, Kléber no Palmeiras (que precisa falar menos e jogar mais) e Zé Love no Santos (embora tenha data marcada para deixar a Vila Belmiro).
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