sexta-feira, 11 de março de 2011

Verdadeiras Trapalhadas




Mencionei por estes dias a homenagem ao humorista Renato Aragão pela escola de samba X-9 Paulistana durante o Carnaval. O belíssimo desfile, embalado pelo ótimo samba-enredo, me contagiou pela emoção, ao ver pessoalmente ser contada a história de um dos maiores humoristas brasileiros.

Inclusive, até por conhecê-lo desde a infância e me sentir “próximo”, prefiro me referir a ele pelo nome Didi Mocó. Inesquecíveis e incontáveis as gargalhadas que ele, Dedé, Mussum e Zacarias provocaram em mim através das telas de TV e de cinema. Bons momentos que, graças a tecnologia atual, podem ser relembrados sempre.

Curiosamente, consegui assistir a uma apresentação ao vivo d’ Os Trapalhões quando criança. Não me lembro exatamente se em 1990 ou 1991, mas o Zacarias já havia falecido. O trio, acompanhado pelos colegas de elenco, fez um show em Sorocaba, no Circo do Sérgio Mallandro (!), mas sem a participação do anfitrião. Só sei que me diverti muito e foi um dos momentos marcantes da infância.



Aliás, uma das características que fazem o Didi resistir por mais de50 anos é a renovação do seu público. É hilário quando vejo na TV como as mesmas piadas que me faziam rir há mais de 20 anos produzem os mesmos efeitos nas crianças nos dias de hoje.

Claro, é inegável a perda de qualidade d’ A Turma do Didi se comparada ao passado. A começar dos atores envolvidos: só de pensar que o elenco de apoio do programa tinha nomes como os saudosos Tião Macalé e Jorge Lafond, enquanto o elenco principal atual conta com o “talento” de Jacaré, Marcelo Augusto e Daniel Del Sarto, além de já ter tido Kléber Bambam... 

Além disso, o jornalista Alê Rocha vê outro fator importante para a perda de qualidade no humor do Didi: a patrulha do politicamente incorreto. Atenção: condeno qualquer forma de preconceito, seja de ordem étnica, religiosa, sexual, econômica, regional ou social. Entretanto, é preciso tomar cuidado com certos exageros.



Entre minhas boas lembranças d’ Os Trapalhões, estão sim o Mussum tomando seu “mé”, eles chamando o Didi de “cabecinha de bater bife” ou quando eles se referiam ao Dedé como “rapaz alegre” ou “perua”. Mas como o próprio Dedé falou uma entrevista, se o programa de antigamente fosse feito hoje, toda a equipe seria processada ou presa.

Para detalhar mais estes aspectos, indico o excelente texto do Alê Rocha a que me referi, publicado no Yahoo clicando aqui.



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