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Falei sobre Smallville na semana passada e me lembrei de algumas especulações comuns quando séries de TV chegam ao fim, sobre a criação de séries similares ou até mesmo derivadas, com o aproveitamento de personagens, atores, equipes de produção e situações do roteiro - os chamados spin-offs.
Com Smallville, este tipo de especulação aconteceu durante a série, mas a falta de continuidade levou esta hipótese a nem ser cogitada no final. Em 2006, os criadores e então produtores Alfred Cough e Miles Millar chegaram a gravar um piloto de um seriado similar com Aquaman, protagonizado por Justin Hartley.
A idéia não progrediu, mas garantiu ao ator o papel de Arqueiro Verde em Smallville e participações do Rei de Atlântida em vários episódios (interpretado por Alan Ritchson). Outras, sequer saíram do papel ou ficaram no campo da especulação, como seriados estrelados pela Supergirl ou por John Jonzz, o Caçador de Marte ou pela Liga da Justiça (possibilidade que mais me empolgou, ainda mais pelo projeto do cinema ter paralisado e ser hoje um grande incerteza).
Como fã e viciado, viajei legal no assunto. Mas vários outros, mais habilidosos que eu, montaram várias aberturas desta possível série da Liga baseada no legado deixado por Smallville. Entre tosquices, montagens bem feitas e alguns que insistiram em repetir a música-tema "Save Me", selecionei dois vídeos. Ambos usam a mesma trilha sonora da excelente série de animação Liga da Justiça Sem Limites, que derivou da Liga da Justiça (a primeira a tratar a Liga de forma mais madura, totalmente oposta ao infantil Super Amigos).
Seria muito bom ver novas aventuras da Liga com Superman (não Clark Kent), Arqueiro Verde, John Jonz, Aquaman, Ciborgue, Flash (sem o nome Impulse) e as heroínas Supergirl, Canário Negro e Zatanna. E óbvio, show de Lex Luthor como líder do exército de vilões. A de se pensar sobre possibilidades que ficariam incompatíveis com o final da série, por exemplo, Chloe prosseguir na Torre de Vigilância na função de "Oráculo" da Liga. Apesar de achar Chloe um personagem forte e carismática, considero sua presença dispensável neste contexto (até para explorar o romance e o humor do casal formado por Arqueiro e Canário).
Já a presença da Lana Lang seria impossível, mesmo com a porção heroína que assumiu em Smallville: afinal, ela se despediu definitivamente de Clark após ter absorvido uma quantidade absurda de Kryptonita que o Homem de Aço não sobreviveria (belíssima metáfora encontrada pela série para mostar que ambos não nasceram um para o outro).
Essa outro vídeo aqui ficou muito bem feito também, apesar de manter Smallville no título. Execlentes as participações da Sociedade da Justiça (Gavião Negro, Dr. Destino e Stargirl), da Legião dos Super Heróis (Relâmpago, Satúrnia e Cósmico), além de outros heróis que passaram por Smallville nestas dez temporadas (até os Super Gêmeos fizeram uma pontinha!). E ainda ficaria instigado pela participação de um certo Homem-Morcego, que mora em Gotham City... (especulado e mencionado, porém, sem nunca aparecer em Smallville).
Outra possibilidade criada pelos fãs é a série Metropolis, onde já encontraríamos Clark Kent que vimos no final de Smallville: se dividindo na vida dupla de repórter nerd-atrapalhado e salvador do mundo, trabalhando no Planeta Diário com a amada Lois Lane, o fotógrafo e amigo leal Jimmy Olsen e o competente, porém temperamental, editor-chefe Perry White e, claro, aniquilando os planos maléficos de Lex Luthor.
Novamente, volto a questionar a presença de Chloe, mas também a do Arqueiro Verde e de Tess Mercer neste contexto, assim como os demais heróis da Liga. No máximo, eles poderiam fazer participações especiais esporádicas (no caso de Tess, somente em cenas de flashback...). Serve também para matar a curiosidade sobre um filme derivado de Smallville, que duvido que venha a existir algum dia, mesmo que seja um longa para exibição exclusiva na TV.
Claro, como na prática, a teoria é outra, não seria fácil produzir seriados como estes. Há vários fatores a serem levados em conta: interesse de elenco, direção e produção; desgaste junto ao público; viabilização comercial; direitos de imagem e exploração dos personagens; esgotamento do roteiro; inflacionamento de custos; entre outros.
Exemplos mal sucedidos de spin off não faltam, sendo o caso mais emblemático "Joey", que nem de longe ousou sonhar em repetir um décimo do estrondoso sucesso de "Friends", sendo cancelado rapidamente. Exemplo de derivação, "Sarah Connor Chronicles" não teve vida muito longa, ao contrário do "Exterminador do Futuro" nos cinemas.
Enfim: melhor deixar tudo como está, nos divertirmos com os fan films no Youtube e deixar só no campo da imaginação pensar como seria bom se Smallville continuasse...
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