Cortar o tempo
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
(Carlos Drummond de Andrade)
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Muito lembrado neste período, vejo neste poema de Drummond a perfeita definição do que representa o ciclo entre o fim de um ano e o começo do próximo. Época em que costumamos fazer uma reflexão sobre o período que passou, renovamos esperanças e formamos expectativas sobre os dias que virão.
A exemplo da virada para 2011, irei passar para 2012 sem a típica melancolia que costuma me acometer em finais de ano. Sem dúvida, 2011 foi para mim um ano de superação. Foram muitos e intensos os momentos de provação, tristeza e ausência de perspectivas, principalmente diante do inesperado.
Sem hipocrisia, estes percalços passaram e, inclusive renúncias que precisei fazer, resultaram em crescimento pessoal. Agradeço muito a Deus, as pessoas que amo e àqueles que se colocaram ao meu lado, mesmo sem laços de sangue.
E, sem dúvida, este crescimento me ajudará em 2012, diante de vários desafios que se colocarão diante de mim. Alguns deles ainda são pendentes de 2011 e outros já são previstos, mas, com certeza, ainda virão alguns que sequer faço idéia.
Somente, mais uma vez, agradeço a todos que convivem comigo, nem que seja só um pouquinho, e que Deus possa me dar mais discernimento para saber como agir com sabedoria nestes momentos!
E que venha 2012!!!