Embora fevereiro esteja apenas em sua segunda semana e das grandes estréias confirmadas nos cinemas até dezembro, afirmo, sem medo de errar: “As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne” está entre os melhores filmes de 2012! Aliás, como já fui assisti-lo duas vezes, cravo com convicção: ele merece lugar entre as maiores aventuras já produzidas em Hollywood. E, consequentemente, já se garantiu entre os melhores trabalhos dos cineastas Stevem Spielberg e Peter Jackson.
O resultado na telona é fruto de um sonho alimentado por Spielberg há mais de 30 anos, viabilizado graças à parceria com Jackson e outros apaixonados pelas aventuras do jovem repórter, criado na Bélgica em 1929, pelo cartunista Hergé e retratadas em quadrinhos em mais de 20 livros.
No Brasil, Tintim se popularizou especialmente na segunda metade da década de 1990, em razão do desenho animado, produzido alguns anos antes e exibido nos finais de tarde pela TV Cultura. A série contou com três temporadas e 39 episódios, que também agradaram aos fãs pela fidelidade à obra original. Inclusive, se posso apontar algum ponto discordante ao filme, é este: apesar da excelente trilha sonora, senti falta do marcante tema de abertura do personagem...
Agora falando do filme: absolutamente dispensável falar da estética, pois é primorosa a riqueza de detalhes de cada cenário e dos personagens, criados por computação gráfica sobre filmagens com atores reais. O roteiro consistente, baseado nos álbuns “O Segredo do Licorne” e “O Caranguejo das Tenazes de Ouro”, mescla com perfeição aventura, suspense, humor e momentos de superação dos personagens. Em resumo: exatamente o espírito que esperamos de uma diversão despretensiosa, mas de excelente qualidade!
O espírito destemido do jovem repórter Tintim é o ponto de partida da história. E o protagonista conta com o apoio de excelentes coadjuvantes, dos quais se destacam: o Capitão Archibald Haddock (muito mais engraçado do que me lembrava da TV); os atrapalhados Dupont e Dupond, agentes da Interpol; o inseparável cãozinho Milú – ao contrário do desenho (em que muitas vezes o achava bem chatinho), o fox-terrier rouba a cena e protagoniza algumas das melhores sequências do longa – bombeiros, vacas e roubos de chaves entre elas... E claro, um grande vilão: o Prof. Ivan Sacarin!
Mesmo mantendo o contexto original, Spielberg, Jackson e a equipe souberam com maestria agradar aos antigos fãs do personagem, mas, ao mesmo tempo, quem não o conhecia. A narrativa acelerada, o ritmo frenético dos acontecimentos e os efeitos visuais perfeitos têm tudo para conquistar a molecada.
Entretanto, felizmente, em nenhum momento o filme se prende às amarras do politicamente correto. Então, temos personagens que morrem, o Capitão Haddock continua alcoólatra e Tintim é um herói que, além de dar socos e chutes, porta arma de fogo e sabe atirar. E, garanto: sem traumatizar nenhuma criança ou afugentar pais conscientes.
Entretanto, felizmente, em nenhum momento o filme se prende às amarras do politicamente correto. Então, temos personagens que morrem, o Capitão Haddock continua alcoólatra e Tintim é um herói que, além de dar socos e chutes, porta arma de fogo e sabe atirar. E, garanto: sem traumatizar nenhuma criança ou afugentar pais conscientes.
E concordo com o que disse o site Omelete: Spielberg revelou que, mesmo adormecido por mais de 20 anos, o espírito de criança do diretor permanece muito vivo. E ainda bem: afinal, ele pode manter este mesmo espírito vivo em nós!
Agora, só para fechar, a íntegra da música tema do desenho animado da TV, composta por Ray Parker, Jim Morgan e Tom Szczesniak
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