Golaço: o primeiro de Morais com a camisa do Bentão |
Seria este o placar real da partida de ontem, no Pacaembu, caso a arbitragem não influenciasse diretamente o resultado. Antes que digam que estou falando em teoria da conspiração, “Máfia do Apito”, “campeonato manchado” ou coisas do gênero, explico.
Há tempos, o futebol brasileiro sofre com erros graves da arbitragem, não sei se por problemas de formação, falta de profissionalização ou simplesmente porque os “homens de preto” são mais expostos atualmente pela alta tecnologia empregada nas transmissões; neste sentido, é indiscutível: se há um lance duvidoso, raramente um time grande será prejudicado em relação a um pequeno, ainda mais jogando em casa.
O atacante Rossi: arma para o Azulão Sorocabano atacar com velocidade |
Verdade que nos primeiros 25 minutos, o São Bento sofreu domínio total do Palmeiras, tomou um gol de Gabriel Jesus numa falha defensiva aos 5 minutos e se livrou de tomar uma possível goleada. Entretanto, o time se reorganizou: fechou os espaços defensivos, apertou a marcação e chegava ao ataque com rapidez e bom toque de bola.
Até que aos 31’, uma importante arma do Bentão em 2014 e 2015 deu as caras em 2016: o volante Eder sobe ao ataque em cobrança de falta de Marcelo Cordeiro e marca de cabeça. Porém, um assistente titubeante demorou, mas apontou impedimento inexistente, e o árbitro anulou o gol. Dois minutos depois, Eder marca novamente e, desta vez, empata a partida.
Volante-artilheiro, Eder balançou as redes duas vezes, mas só uma valeu |
O Bentão passa a dominar o jogo e pressionar. Até que aos 40’, Leandro Almeida tenta sair jogando e entrega infantilmente para Morais, que coloca a bola entre as pernas do zagueiro e encobre Fernando Prass de cavadinha. Virada com golaço, sério candidato aos mais bonitos do ano. O primeiro do ex-meia de Vasco e Corinthians pelo Azulão que, nestas duas primeiras partidas, mostra bom futebol e vem vencendo desconfianças iniciais.
O 2º tempo começou mais equilibrado, com a torcida do Verdão impaciente com a equipe (principalmente com Leandro Almeida). Aos poucos, o time sorocabano foi cansando e o dono da casa começou a chegar mais, originando firmes defesas de Henal.
O técnico Paulo Roberto começou a substituir, casos dos laterais Régis por Bebeto, os atacantes Rossi (com câimbras) por Fernandinho e o eficiente meia Clebson pelo volante Serginho Catarinense. A entrada do volante, visivelmente sem ritmo de jogo, quebrou o ritmo do São Bento e chamou ainda mais o Palmeiras para o ataque.
O time sorocabano ainda ficou praticamente com um homem a menos, pois o atacante Rodriguinho, após boa atuação, também sentiu câimbras e permaneceu nos últimos minutos em campo no sacrifício, devido às três substituições.
Bentão encarou o Verdão sem síndrome de inferioridade |
O São Bento resiste bravamente à pressão, até que nos acréscimos, aos 46’ do 2º tempo, o zagueiro Vitor Hugo pega a sobra em um escanteio e empata. Óbvio: se perguntar a qualquer um, empatar com um time grande fora de casa é um excelente resultado.
No entanto, diante das circunstâncias, com a arbitragem influenciando diretamente o resultado – pois, além do gol mal anulado, houve várias faltas não marcadas e um contra-ataque estranhamente interrompido pelo árbitro para marcar uma falta no campo de defesa no lance anterior -, fica sim o gosto amargo, frustração e a decepção.
Com fôlego e disposição, o meia Clebson tem se destacado entre os reforços do Bentão |
Autor do golaço inspirou trocadilho do globoesporte.com que retratou bem a vergonha vista no Pacaembu |
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