Sem sofrimento, não é São Bento!

Em mais uma demonstração que futebol se resolve dentro de campo, o São Bento venceu o XV de Piracicaba de forma muito mais difícil em relação à Ferroviária na rodada anterior. O gol de cabeça do zagueirão João Paulo rendeu mais 3 pontos, a liderança isolada do grupo A e mais um passo em direção à 2ª fase do Paulistão e à série D do Brasileiro.

Sem apresentar o mesmo futebol brilhante, o Bentão ficou envolvido pela forte marcação do Nhô Quim, que pressionou e meteu bola na trave, chegando ao ataque e à vitória na base da vontade e da superação. Infelizmente, o jogo terminou marcado por lesões de atletas e desfalques preocupantes para o fim do campeonato.

Com menos de 30 minutos de jogo, o técnico Paulo Roberto foi obrigado a fazer duas substituições: Diego Clementino deu lugar a Morais; cerca de 10 minutos depois, o meia deixou o gramado de maca e deu lugar a Matheus Müller.

Como o lateral não correspondeu às expectativas, deu lugar no segundo tempo a Anderson Cavalo. O esquema com dois centroavantes, junto com Edno, cresceu o futebol da equipe e resultou no gol da vitória.

Conforme informações do repórter Caio Rossini, da rádio Cruzeiro FM, exames após o jogo constataram que Morais sofreu lesão parcial do ligamento colateral medial do joelho esquerdo. Não há necessidade de cirurgia, mas a recuperação levará cerca de seis semanas e não atua mais no Paulistão.

Outro desfalque será Rossi, que sofreu uma falta absurda não anotada pelo árbitro, que mandou o jogo seguir após o lance, com arremesso lateral. O atacante sofreu uma fratura na vértebra, semelhante a Neymar na Copa do Mundo, e sua volta depende do tempo de dor e cicatrização. Até o momento, não há diagnóstico da gravidade da lesão de Clementino.

Faltando três jogos para o fim da primeira fase e classificação bem encaminhada, os desfalques preocupam.

Analisando as possibilidades do elenco, os atacantes Rodriguinho e Rafael Gomes voltaram de lesão e ainda recuperam a forma física; o meia Everton Senna e o atacante Fernandinho pouco tem sido acionados; além do inexplicável Serginho Catarinense, ineficiente como meia e como volante.

Talvez a opção tática de dois centroavantes usada ontem, com Edno e Anderson Cavalo, torne-se uma necessidade forçada. Enfim: Paulo Roberto terá muito trabalho e pensar bastante nesta reta final...