Foto: Djalma Vassão / Gazeta Esportiva |
Mais do que minha torcida, a vitória do Corinthians por 2x0 sobre o Palmeiras e a derrota do São Bento para o São Caetano por 1x0 me chamaram atenção para mais aspectos em comum: a importância de perceber os próprios erros e agir para corrigir rumos.
Entretanto, infelizmente, os dois times seguiram caminham opostos. Enquanto Fábio Carille sacou atletas que vinham mal e alterou a formação tática do Timão, Paulo Roberto Santos manteve o Bentão inalterado, resultando em mais pontos perdidos contra um adversário inferior tecnicamente (que atuou com 10 atletas em quase toda partida).
O Corinthians surpreendeu a todos em 2017, quando superou as limitações do elenco e faturou os títulos Paulista e Brasileiro. Porém, em 2018, a equipe sentiu as saídas do lateral-esquerdo Guilherme Arana e do centroavante Jô.
As reposições com os limitados Juninho Capixaba e Júnior Dutra; a necessidade da maior escalação do carismático (e fraquíssimo tecnicamente) Kazim; a inexplicável inutilização de revelações da base (como Carlinhos e Pedrinho) e a contração de garotos da mesma idade de outros clubes (casos dos Matheus Vital e Mathias, que não estrearam ainda); a perda de bons reservas (por exemplo, Marciel, que sempre rendeu como volante e lateral-esquerdo); e o muito dinheiro investido no comum Henrique (quando Pedro Henrique e Léo Santos vinham dando conta da zaga) levaram a uma perda de rendimento do grupo como um todo.
Contra o Palmeiras, que conta com um investimento muito superior ao do Timão e que estava invicto até então (com o bom desempenho novamente inflado além do normal por torcedores e setores da imprensa), Carille teve a consciência de que era preciso modificar aquilo que não estava dando certo.
Trocou o 4-1-4-1, tradicionalmente usado desde 2015 (último ano da era Tite), por um 4-4-2 à moda antiga: Gabriel e Renê Jr. na cabeça de área; Rodriguinho e Jadson como meias convencionais; e os velozes Clayson e Romero no ataque, sem um camisa 9 raiz; além de deslocar o volante Maycon, muito competente pela lateral-esquerda.
O 2x0 no placar fez justiça à superioridade alvinegra, simbolizada pelo gol de Rodriguinho, resultante de uma troca de passes sem perder a posse de bola por 1’30”, com direito a dois adversários no chão.
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